terça-feira, 30 de março de 2010

Uma Flor para Narciso


Espelho...
o melhor angulo que vê a vida,
o mais belo que consegue capitar pra si,
Nada mais importa,
apenas o reflexo da vida diante do espelho.
Nada mais tão belo, nada mais tão formoso.
Diante do espelho passa a se admirar,
diante do espelho nada mais importa,
apenas sua imagem, nada é mais belo, nada é mais formoso;
Ao canto esquerdo superior do espelho
surge algo de uma cor maravilhosa,
"será o reflexo de minha alma? Pois de onde surgiria cor tão bela?"
Mas a medida que mais profundo olha no espelho,
percebe que não é sua alma, e sim uma flor...
oferta de alguem, que não se lembra quem,
que ignorou devido ao seu inflado ego erotizado.
De repente nasce a ira, pois como pode existir algo mais belo.
Uma flor para Narciso, e a ira, o ódio aparece e enaltece.
Tomado de uma furia insana, seus olhos soltam raios de ódio,
e com a mão cerra o punho, e mira no espelho contra o reflexo da flor.
O espelho se despedaça...
sua imagem se quebra...
Narciso vai ao chão, em prantos, sua imagem não é mais bela...
não suporta sua imagem despedaçada, perante ter ignorado a flor,
sua imagem se despedaça...ao descobrir que algo é mais belo que ele prórprio
Como o espelho, seu ego é despedaçado...em prantos fica ao chão...
E a flor, na sua humilde essência, mantém seu esplendor.