segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O Caminhar de um insano



Obscurecida é a luz...
Por causa da sombra de seu império
Esta escuridão que tenta impedir
O nascer da flor da esperança;
Nos corações ardentes pela chama da liberdade
E estou aqui, insano..
Fugindo desta realidade asfixiante
Não me tornando mais um
Em seu maldito jogo
Não me tornarei adicto – nego suas químicas
não me tornarei lascivo – nego seus prazeres
Não serei seduzido – nego seus tesouros
Insano – caminhando, lutando para respirar
Neste mundo asfixiante eu ainda respiro
É preferível ser louco
Do que aceitar o lixo da normalidade imposta.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Resurgo


Corrompido, destruído, violado.
A vida esvazia-se de minhas mãos
Pelo sopro da sedução
Meu coração se petrifica
Minha alma se esvazia
Meu corpo se decompõe
Corrompido, destruído, violado,
Quase morto...
Mas ela não venceu
Em um instante do tempo
Meu coração se aquece e se incendeia novamente
Trazendo de volta minha alma
Reabilitando meu corpo, recomponho-me
Respirando e pensando novamente
Ainda vivo
Respiro e penso por si só
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sábado, 19 de setembro de 2009

Vazio...preenchendo...



Às vezes olho pra dentro e nada encontro;
Apenas um vazio, gélido, sombrio...
O encontro solitário, que ousei fugir,
Mas agora ele bate a minha porta,
Não há como fugir mais,
É hora de voltar para meu âmago...
Sentar no banco de um jardim opaco,
E descobrir quem eu sou e por que eu sou.
Mas o gélido vazio dentro de mim assombra,
Ventos gelados, tempestades, furacões...
O encontro esperado, uma tormenta interminável,
Mas lá estou sentado no banco de um jardim opaco,
Comigo mesmo e para mim mesmo,
Tentando me descobrir, procurando me compreender,
Um árduo refletir, mas não há como fugir...
Um monólogo quase interminável, e inevitável,
E agora me sento, respiro e reflito... sempre.

Pensando sobre borboletas.


Conversando com uma amiga sobre borboletas e o quanto ela é apaixonada por estes seres incríveis,comecei a ter um melhor olhar sobre elas. São 120 mil borboletas registradas, mas há relatos de 200 mil espécies destes seres maravilhos que pesam 0,3 gramas e que desde seu surgir como lagarta, o que pra muitos são seres horroros que só sabem comer folhas (e muitos de nós pastamos muito na vida , certo?), entram na fase de metamorfose, a pupa, e na crisálida que a feia lagarta se subblima e tranasforma-se em borboleta. Trazendo isto para nossa vida, e para o que acontece ao nosso redor, podemos fazer uma reflexão. Quanto de nós não queremos ser borboletas ou ter borboletas no jardim de nossas vidas? Contudo ainda, não queremos nascer lagartas,comer folhas, entrar na fase da pupa, ficar em catarse na fase da crisálida e assim renascermos borboletas. Será que queremos cultivar lagartas para termos borboletas? Penso que queremos as borboletas, pois são belas, e não cultivarmos as lagartas e acompanhar todo este belo processo de metamorfose. Muitas vezes também queremos que as borboletas venham até nós, mas o nosso jardim não está preparado para recebê-las, e por isso elas não ficam conosco. Precismos antes de nos tornarmos borboletas, vencer todas as etapas de lagarta para atingirmos a sublimação da metamorfose; talvez aquela lagarta que nos acompanha, passará por isto e se transformará na mais bela borboleta que existiu, e ela poderá, se permitir, vir agradecer por estar junto nesta caminhada, pousando em seu ombro e caminhado até seu coração. Precisamos olhar melhor nosso jardim, será que ele está sendo cultivado adequadamente? É só ver quantas borboletas vem visitar o jardim e assim saberemos como ele está. O mais interessante de tudo isto é que as borboletas passam por tudo isto, da lagarata até a borboleta, vivendo por duas semanas como borboletas, contudo estas duas semanas são de extrema valia, visto que são como pinturas que voam pela natureza e nos faz parar e admirar tamanha beleza. É nós? Vivemos em média 65 anos, outros mais, outros menos, e quantas alegrias levamos? Quantas paisagens enfeitamos? Quantas borboletas trazemos pra perto de nós? Sim, é algo pra se pensar...as borboletas nos ajudam a refletir....

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A agonia de uma alma


E lá está mais um corpo inerte
Emagrecido, a pele e ossos
O semblante do desespero
De saber que não há mais tempo
Que a hora chegou
Que o ultimo fio de vida se romperá
E o circulo da morte se fecha então
Quantas coisas ainda deveriam ser feitas?
Quanto o que se perdoar e pedir perdão?
Quanto amor ainda tem para se dar?
E quanto amor ainda tem para ser recebido?
Mas a vida se torna frágil
Na sua muda voz só lamentos
Um grito de agonia e desespero no silencio
Algo que não pode ser ouvido
Onde é transformado em mais um gemido
Sentimentos abafados onde transforma
Ainda mais dolorosa a partida
Tanto tinha que ser feito
Muito tinha que se fazer
Mas agora é tarde
O fio se rompe...
O circulo se fecha
E alma agonizante abandona o corpo caquético
Com a certeza que tudo poderia ter sido diferente
E com o lamento de nunca ter tentado.

Erigir


Aqui estou de pé..
Firme e convicto.
Para quem acreditava em minha decadência,
Ressurjo das cinzas, tal como a fênix.
E sigo em frente...
Agora mais forte e convicto
E continuarei gritando, lutando.
E seguindo em frente pelo que acredito
Por aquilo que amo
Não desistirei da vida, não me tornarei um zumbi.
Não deixarei minha vida ao acaso,
Não entregarei meu sangue aos vermes,
Minha carne aos animais,
E meus ossos a agonia
Não passarei meus dias lamentando
Melhor chorar pela queda da derrota
Do que desperdiçar minha vida
Lamentando...
por não ter lutado.
A cada queda, a cada derrota, a cada lágrima
Fortalece-me para seguir em frente e levantar e lutar...
Eis minha convicção
Não serei apenas mais um qual a vida passa
Sem saber um porque
Darei um porque na minha vida
Não serei mais um zumbi a caminhar sem norte
Sou vivo, me sinto vivo, tenho vida pulsando em mim,
E dela eu sou dono e decido como guiá-la
Não desistirei, vou seguir em frente
Não entregarei meu sangue aos vermes
Minha carne aos animais,
Meus ossos a agonia!!!!!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Renascer


O arcaico e o inovador
A eterna batalha
O medo de permanecer inerte
Contra ao medo do desconhecido
Arriscar, deixar pra trás tudo que foi construído
Em busca de uma nova certeza, que ainda não é certa
Ou permanecer com o antigo que mesmo certo,
Mas no futuro parece estar incerto?
O arcaico e o inovador
Dois demônios brigando dentro de mim
E um deles tem que vencer
O qual entregarei minha vida
O arcaico já cansado desiste
A aurora do inovador
Ascende a chama que antes só mantinha uma luz opaca
Agora brilha,
Brilha nos olhos de alguém que busca mudanças
Que se liberta dos velhos demônios
E vai atrás do demônio inovador
Que ainda é incerto
Mas que fez a sua escolha
Quebrando os grilhões do passado e abraçando o inovador

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Interlúdio



A cinza do céu,
Misturado ao hipnótico barulho
Das gotas de chuva caindo sobre a terra
Observando através da janela
Com o olhar no horizonte
Procurado enxergar distante
O que para mim a vida me reserva
Morrer, só na chuva?
Ou mesmo molhado seguir caminhando?
Como por encanto, o tempo então para;
E entro no âmago do meu eu
No abismo escurecido de minha alma
Em busca da resposta
Enfrento meus demônios
Saio machucado, porém vivo...
E de repente,
O cinza se torna azul
O primeiro raio de sol
Atravessa a janela diretamente
Sobre minha cabeça
Retorno à sórdida realidade
a chuva se evapora como o calor do sol
E eu...
Em frente, me secando e caminhando…

sábado, 2 de maio de 2009

Sentido e Vivido



Aqui te entrego minhas dores
Minha própria tragédia
Apenas sentida, apenas vivida
Aqui te entrego toda dor
Toda pertubação psique
Apenas sentida, apenas vivida
Aqui te entrego todo meu rancor
Que atormenta meu coração
Apenas sentido, apenas vivido
Aqui te entrego todo ódio
Que estupra minha alma
Apenas sentido, apenas vivido
Aqui entrego todo meu egoísmo
Que me acorrenta aos erros
Apenas sentido, apenas vivido
Mas...
Aqui te entrego meu amor
Pois ainda vivo
Apenas sentido, apenas vivido.