quinta-feira, 8 de abril de 2010

Devaneio



Como areia, entre meus dedos
Minha esperança escorre,
Misturada junto às lágrimas de minha face,
Encontram-se ao chão.
Sem forças, assumo-me ajoelhado
Perante a vida...
Sem forças, desabo e caio ao chão;
Sem forças, nem rastejar consigo.
As lágrimas continuam a sair
A esperança mais distante
Segue adiante...
Rastejando tento ir atrás...
Mas apenas um fio dela posso enxergar...
Distante ela se vai, rastejando sigo meu caminho,
Esticando meu caquético braço
A fim de agarrar o ultimo fio de esperança que consigo ver
E assim, quem sabe...
Tecer um novo destino, agarrado novamente à esperança.

A completa ausência do barulho


Condicionados a engolir
O que é produzido pela sedutora sociedade
Acabamos acostumados com o silencio
Cego, surdo e mudo – seguimos consumindo.
Sem critica – aprendemos a aceitar
Como moscas na teia da aranha
Somos aprisionados e mortos antes do tempo
Sem sonhos, matamos nossa vida
A completa ausência do barulho
O silencio é a própria morte
Como zumbis concidionados a aceitar e engolir
Somos peões neste jogo capital
Uma escravidão aceita pelo silêncio
Um silêncio que não mata só a nós
Mas cada ser humano que tem seus direitos violados.
Um silêncio que aumenta a exploração, preconceito.
É o domínio neoliberal (demônio capital)
É preferível a morte a uma vida sem sentido!
Não vou mais me calar perante suas regras burguesas
Não vou mais aceitar sua censura
E não vou mais baixar minha cabeça
Perante suas mentiras e seu jogo de poder
Vou quebrar seu silencio imposto
Pelo grito da liberdade.